São Paulo e suas 37 Cidades-Irmãs: Veja como laços globais promovem cultura, cooperação e desenvolvimento
O que são as cidades-irmãs de São Paulo?
São Paulo, a maior metrópole do Brasil, tem um papel estratégico no cenário global, não apenas por seu peso econômico e cultural, mas também por sua atuação diplomática. A cidade mantém atualmente 37 acordos internacionais de irmandade, conhecidos como parcerias de Cidades-Irmãs, com municípios espalhados pelos cinco continentes. Esses acordos funcionam como pontes diplomáticas, com o objetivo de fortalecer laços de amizade, promover a troca de experiências e fomentar a cooperação em áreas como saúde, cultura, educação, sustentabilidade e desenvolvimento urbano.
Como esses acordos funcionam?
As parcerias são estabelecidas com base em interesses mútuos e passam a valer formalmente após aprovação por lei municipal. Elas criam um canal direto de diálogo e colaboração entre as administrações locais, permitindo que cidades tão diferentes quanto São Paulo e Seul, Toronto ou Luanda compartilhem políticas públicas, projetos e boas práticas em gestão. A base legal dessas relações está na Lei Municipal nº 14.471, sancionada em 2007, que consolidou os tratados existentes e estabeleceu critérios para novos acordos.
Em 2022, a legislação foi atualizada pela Lei nº 17.814, que inseriu o artigo 4º-A, exigindo que qualquer novo pacto tenha a concordância expressa da cidade estrangeira envolvida antes de sua formalização, garantindo assim maior compromisso e efetividade nas relações bilaterais.
Quando começou essa irmandade internacional?
A primeira parceria internacional de São Paulo foi firmada em 1962, com a cidade italiana de Milão, um vínculo que se manteve ao longo das décadas como símbolo da forte presença da comunidade italiana na capital paulista. Desde então, os acordos foram se expandindo por diversas regiões do mundo. O pacto mais recente, até o momento, foi assinado em 2020, com a cidade portuguesa de Belmonte.
Onde estão localizadas essas cidades-irmãs?
As 37 cidades-irmãs de São Paulo estão distribuídas em todos os continentes, refletindo a diversidade cultural e a amplitude das relações internacionais da cidade. Veja abaixo uma amostra representativa:
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Europa: Lisboa (1995), Hamburgo (2005), Cluj-Napoca (1996), Coimbra (1996), Esmirna (2015)
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América do Sul: Buenos Aires (1999), Lima (2002), Montevidéu (2001), Assunção (1998)
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América do Norte: Toronto (1999), Chicago (2005)
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Ásia: Osaka (1985), Pequim (1999), Naha (1998), Amman (1997)
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Oriente Médio: Tel Aviv (2004), Damasco (1999)
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África: Luanda (1993)
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Caribe: Havana (1997)
Por que essas parcerias são importantes?
Em um mundo cada vez mais interconectado, a cooperação entre cidades torna-se um caminho eficaz para enfrentar desafios comuns como urbanização acelerada, mobilidade, mudanças climáticas, educação inclusiva e desigualdade social. Os acordos de irmandade permitem que São Paulo aprenda com experiências internacionais de sucesso, enquanto também exporta suas próprias inovações — como o Bilhete Único, programas de atenção básica à saúde e iniciativas culturais como a Virada Cultural.
Além disso, essas relações têm um valor simbólico significativo: elas representam o reconhecimento internacional do papel de São Paulo como um centro global, e servem como uma ponte entre culturas, promovendo o intercâmbio artístico, educacional e econômico entre os povos.
Confira a lista completa das cidades-irmãs de São Paulo:
Clique aqui para visualização completa, consulte o portal oficial da Prefeitura de São Paulo.
Com mais de 60 anos de atuação diplomática por meio de cidades-irmãs, São Paulo segue ampliando sua rede de cooperação internacional, mostrando que, mesmo com fronteiras distantes, o trabalho conjunto entre cidades pode trazer benefícios concretos para milhões de cidadãos.