Quer ser um nômade digital? Veja onde morar, como trabalhar e o que considerar antes de embarcar nesse estilo de vida

Você já se pegou sonhando em trabalhar com os pés na areia ou em um café charmoso no meio de uma cidade histórica da Europa? Pois saiba que esse estilo de vida – o do nômade digital – está cada vez mais popular. Nos últimos cinco anos, as buscas por esse termo cresceram 190% no Google. E o Brasil tem sido destaque: só nos últimos três anos, o interesse dos brasileiros saltou 250%.

Mas, antes de sair por aí com o notebook na mochila, é preciso entender: ser nômade digital vai muito além de fazer chamadas de vídeo em paisagens exóticas. Requer planejamento, adaptação e escolhas estratégicas.

Afinal, o que é ser um nômade digital?

É alguém que trabalha de forma remota, sem um endereço fixo, e que costuma viver por períodos em diferentes cidades ou países. Pode ser um freelancer, um empreendedor digital ou alguém contratado formalmente por uma empresa – desde que o trabalho seja 100% online.

Mas atenção: nem todo trabalho remoto exige que você viva viajando. E nem todo mundo que gosta de viajar vai se adaptar ao nomadismo.

Se você está considerando essa transição, continue lendo. Vamos explorar:

• Os melhores países para diferentes perfis de profissionais

• O que levar em conta na hora de escolher para onde ir

• E como começar a trabalhar remotamente

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- Onde morar? Destinos ideais para cada perfil

A escolha do destino certo depende do seu tipo de trabalho e objetivos profissionais. Veja qual categoria combina mais com você:

- Se você tem qualificação e quer um visto de trabalho:

Alguns países oferecem facilidades para profissionais especializados. Segundo um ranking global da fintech Remitly, os melhores para conseguir um visto de trabalho são:

• Letônia: destaque pelo processo rápido e taxas acessíveis.

• Irlanda e Islândia: figuram entre os mais receptivos.

• Canadá: lidera em número de vistos emitidos até 2023.

Curiosidade: embora a Letônia ofereça boas condições para vistos, o custo de vida mais baixo fica com a Itália.

- Se seu trabalho já é 100% remoto:

Você pode escolher viver em lugares com custo de vida mais acessível. Segundo o site The Working Traveler, os favoritos para 2025 são:

• Vietnã

• Tailândia

• Indonésia

Nesses países, ganhar em dólar (ou até em real) e gastar em moeda local mais fraca permite economizar muito mais – o famoso conceito de geoarbitragem.

- Se você quer mergulhar no lifestyle nômade:

Aqui a prioridade vai além do trabalho: comunidades ativas, segurança, vistos específicos e qualidade de vida. De acordo com o ranking da Nomad Capitalist, os melhores destinos para nômades digitais são:

• Costa Rica: com visto exclusivo para nômades e forte presença de expatriados.

• Geórgia

• Tailândia

A tendência é clara: estima-se que o número de nômades digitais chegue a 1 bilhão de pessoas até 2035. E vários países estão se preparando para isso. Além da pioneira Estônia, Itália, Espanha, Grécia e Costa Rica já criaram programas específicos para atrair esses profissionais.

 

- Como escolher seu próximo destino?

Antes de comprar a passagem, leve em conta três fatores essenciais:

1. Networking e idioma

Mesmo com um trabalho remoto, conexões profissionais fazem a diferença. Se você não fala a língua local ou se o inglês não é amplamente usado, pode ser mais difícil se integrar – tanto social quanto profissionalmente.

2. Fuso horário

Parece detalhe, mas impacta direto sua rotina. Quem trabalha com o Brasil e mora no Sudeste Asiático, por exemplo, pode ter que virar a madrugada acordado. Questione: você está disposto a isso?

3. Qualidade da conexão

Internet ruim é o pesadelo de todo nômade digital. Pesquise sobre a infraestrutura local – e não só do seu novo lar, mas também dos lugares que você pretende visitar com frequência.

 

Ainda não trabalha remotamente? Veja como começar

Não tem problema. Existem três caminhos principais para transformar seu sonho em realidade:

 1. Transforme seu atual emprego em remoto

Converse com seu gestor. Mostre resultados, proponha um plano estruturado e ofereça um período de teste. Você pode até fazer uma mudança temporária antes de bater o martelo. Proatividade aqui é a chave.

 2. Busque uma vaga em uma empresa internacional

Com o movimento de retorno aos escritórios, as vagas 100% remotas estão mais raras. Foque em empresas que operam globalmente e buscam talentos para trabalhar de qualquer lugar. Ter domínio de idiomas, experiências internacionais e habilidades técnicas diferenciadas conta (muito!).

 3. Crie seu próprio trabalho remoto

Consultoria, freelancing, ensino online, marketing digital, suporte administrativo… Se você tem alguma dessas habilidades, pode construir sua clientela própria. Outra opção: adquirir um negócio online que funcione sem sua presença física.

 

 Pronto para dar o próximo passo?

Ser nômade digital é sobre liberdade, mas também sobre responsabilidade. Com planejamento e escolhas bem feitas, você pode viver experiências incríveis, conhecer novas culturas e crescer profissionalmente – tudo ao mesmo tempo.

Se a ideia ainda está amadurecendo, comece aos poucos: teste morar em outra cidade, trabalhe em coworkings, viaje durante férias prolongadas. O importante é explorar, experimentar e descobrir o que funciona para você.

E aí, esse estilo de vida combina com você?